domingo, 6 de janeiro de 2008

Ensaio IV



Quando a solidão acorda
E invade os Subúrbios de escuro,
Fico a meio da corda.
A pensar como será no futuro,
Como será depois do muro!

Acompanha-me o silêncio
Como força deste mundo.
Ouço apenas um imenso
Grito que parece mudo
E que resume, o tudo

Que é a vã existência
Nestes meus Subúrbios.
Em que nada há mais que ausência
E destes amargos silêncios,
Que insurtecedores, imensos,

Preenchem a rotina,
Como se fosse a normalidade
Sem que sequer a matutina
Escuridão desse lugar à claridade.
Tão só, a verdade!

Desejo então o infinito!
Cheio de uma coisa qualquer.
Além desta solidão fito,
Sem hesitar sequer,
A vida, a alma e o crer!

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