sábado, 9 de abril de 2011

Caminhada...



Aparentemente a Existência quer-me só!
Pois bem, cá estou de novo sozinho,
Deambulando por entre as sombras, pó...
Esquecido no tempo!

Já tenho o meu castelo, masmorra
Onde me detenho, obediente
À vontade dessa que me encerra...
Esquecido no Tempo!

E sigo a vida, qual Outono,
Esse eterno envelhecer acordado,
Onde desconheço qual foi o rumo...
Esquecido no Tempo!

É esperar agora, o próximo passo
Em direcção ao desconhecido,
Errante, seguindo apenas o traço...
Esquecido no Tempo!

Ensaio VII


Quem me dera não ter pulsação,
A Razão chegava perfeitamente!
Ia-se embora o medo, de repente
Não restava qualquer vestígio de emoção!

Procuro os silêncios, em vão!
Ou não fosse o mundo, a mente,
Esse reino sempre distante.
Um amontoado de sons, e não,

A calma de um tempo que parou,
Ao largo dos Subúrbios de qualquer
Existência, sem saber que sou

Aquele que vive no desassossego
Permanente de entender,
Cada lugar onde chego!

Rascunho IV


Os Subúrbios agora invadidos
Por este silêncio, calmia, solidão
Ou quem sabe, apenas paz.
Relembram tempos idos,
Onde por força da razão,
No recanto da memória, jaz,

Esse reprimido desejo
De comunicar com silêncios apenas
Neste mundo onde me vejo
Rodeado de razões, pequenas
Dúvidas, que almejo

Clarificar, ou simplesmente
Trazer para o conforto das palavras,
Dos afectos, dos poemas...