terça-feira, 20 de setembro de 2016

Rascunho XII


E nesta ausência de viver,
Deixo o tempo seguir à toa,
Deixo vir aquilo que vier,
Entrego à alma o destino para onde voa.

A cada passo desvio o olhar
E deixo que o caminho se ilumine,
Vou sem pressa, com o vagar
De quem sorri e com a paz que define

Tudo aquilo que vai cá dentro.
Essência simples que transparece,
Nas palavras que mostro
Quando escrevo...ao que parece

Ainda não chegou o tempo, o momento,
Em que significarão algo maior.
Entretanto sigo rindo, com alento
Na alma e no peito, um ardor

Que o tempo não acalma, somente
A eternidade o irá apagar.
Deixando então descansar, dormente
A existência que carrego no olhar!