sábado, 22 de outubro de 2016

Maldição...













Passe o tempo que passar,
Passe a vida ou só a existencia por mim.
Parece que enquanto houver ar,
Jámais esta maldição terá fim.

Ainda que a exponha a todo o mundo,
Que a mostre para todos verem,
Não se vai a maldita...e afundo
Nela todas as tristezas que vierem.

Queria mesmo era escrever sobre alegria,
E encontrar palavras de amor e paixão.
Mas não me deixa, a tal «poesia»
Funciona como um manto de escuridão,

E afasta as pessoas para quem escrevo.
Tira da minha vida quem eu gostava
Que ficasse sempre...sem entender, relevo
Para o destino e sigo a estrada.

Porque amaldiçoar uma maldição não é possivel,
Deixo a vida seguir o seu rumo
Passando quase sempre invisível,
Desaparecendo no ar feito fumo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Ensaio XVI















Deixo a Lua invadir a Existência,
De onde nunca devia ter saído.
Deixo que ilumine a noite, a ausência
De vida, e me devolva o sono perdido.

Vou só, contra a corrente, onde sempre
Me encontrei apesar da multidão.
Baixo o olhar sem que me lembre
De algo melhor que acender a escuridão.

Deixo a paz reinar neste pedaço
Que chamo meu sem querer
Nada mais em troca...passo
Para o sonho onde, quero crer,

Voltarão os sorrisos perdidos
E os dias de sol quente,
Gargalhadas recordando tempos idos.
Alma cheia com calor de gente.

Fica para já a Lua,
Fica a alma apenas nua
E a existência apenas vã,
À espera que alguem a torne sã.