domingo, 3 de fevereiro de 2008

Desilusões...



Já não ouço o bater do coração,
Em vez dele apenas as lágrimas
Que escoam para o abismo
Que tomou o seu lugar.
É pena que a desilusão
Acompanhe a vida, as páginas
Que nos levam mesmo
Sem saber se vamos chegar.

A cada desilusão a Existência
Fica mais deserta de mim,
Eu mais deserto de tudo.
E o deserto mais imenso.
Manda a consciência
Que não seja tanto assim
E apenas que no fundo
O viver seja mais intenso.

Assino por baixo a rendição,
De a cada dia, a cada queda
Ser mais forte, ser maior
Sem que sequer
Mais uma ou outra escuridão
Ser responsável da perda
Do meu ser ou valor,
Daqui até envelhecer.