sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ensaio XII




















Ouço sempre os olhares,
Tal como ouço os silêncios
Nas entrelinhas dos sorrisos ímpares
Que contemplo ao meu redor.

Porque um olhar pode dizer tudo
Sem precisar de mais explicação.
É mesmo assim, um grito mudo
Que esclarece qualquer bom entendedor!

E para sê-lo basta abrir o peito
E deixar a coragem agarrar
O significado de cada olhar, ainda que esse feito,
Nos encha o coração de dor.

Pois um olhar não consegue mentir.
É algo que se torna intemporal,
Como a impressão digital do sentir.
Seja que sentimento for...

Sigo a estrada ao relento
De todos os olhares, na esperança
Que valerá a pena estar atento
Ao que me dizem...sem temor!