terça-feira, 22 de março de 2011

Rascunho III



Como é bom escutar o silêncio em redor,
Fazer dele o eco dos meus pensamentos.
Escutar o seu conselho, rumor
Que ecoa na alma, por momentos.

E daí espalhar aos quatro
Ventos da razão, a mensagem,
O Grito desse que idolatro
O Silêncio, que esta de passagem!

Ou que veio para ficar,
Entre os dias que vão passando
Ao sabor desse eterno luar,
Que não é mais que vida. Bando

De silêncios interrompidos
Por rasgos de barulho efémero.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ensaio VI



Jazem nuvens sobre os Subúrbios,
Sombras de uma antiga Existência.
Calmia provocada pela ausência,
Momentos escurecidos com silêncios.

Permanece a alma calma, silenciosa,
Quase ausente à espera da luz.
Aguardando o sinal que traduz
O final dos tempos. Receosa


Que um novo dia,
Traga a anunciada tempestade
De solidão repleta. Vazia

De sentimento, encardida
Pelo tempo passado.
Augúrio de uma nova despedida!