terça-feira, 10 de abril de 2012

Ensaio XI


Recostado neste silêncio fito
O horizonte, que não é mais que a vida,
Onde se encontra inscrito
O perfil da Existência, interrompida
Por fugazes nuvens e onde a escuridão

Esconde a luz que guia os meus passos.
Não sei de onde vem a força que me levanta
A cada manhã, a cada dia, e sigo os traços
Do esboço da alma, qual manta
Decorada com os feitos do coração

Que carrego dentro do peito.
Parece a vida querer por-me à prova,
Num constante desassossego que respeito,
Mas...Será eterna esta dúvida que se renova
A cada etapa? Qual a razão

Para este constante turbilhão à deriva?
Resta-me continuar jornada após jornada,
Desafio após desafio e lutar, na tentativa
De vencer enfrentando a longa caminhada,
Sempre com um sorriso no rosto, imensidão

Deserta que me leva de novo...à vida! 

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