sexta-feira, 24 de maio de 2013
Ensaio XIV
Fiz-me de novo à caminhada
Que o sonho não me deixa esperar.
De repente a pele não sente quase nada,
Muito menos sente o ar,
Que reveste os Subúrbios da Existência.
Pedi à chuva que escondesse as lágrimas
Que choro a cada passo, na insistência,
De devolver à vida todas as páginas
Onde escrever sobre o futuro.
Pedi ao vento que afastasse o perfume
Que invade a memória de escuro,
Para que de novo possa voltar ao costume
De sorrir o dia inteiro.
Ainda por esse caminho fora,
Pedi asilo ao manto do nevoeiro
Para que possa sem demora
Recolocar toas as peças juntas.
As da alma e as do peito,
Que já andou perdido nas perguntas
Sem resposta, sem lógica...sem jeito!
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